Área do Mecânico

Como descartar óleos lubrificantes corretamente

IKS Cablex

12 LITROS DE ÓLEO 

em média, é o que um veículo pequeno gera em seu primeiro ano de uso¹.


5 QUILOS

é o quanto, em seu primeiro ano de uso, um carro pequeno pode gerar de resíduos, como estopas, embalagens, filtros de óleo, combustível e ar-condicionado¹.


54 MILHÕES

é o tamanho da atual frota de automóveis no Brasil².



A troca de óleo é um dos serviços mais comuns prestados nas oficinas mecânicas. De tempos em tempos (em geral, a cada 5 ou 10 mil quilômetros rodados), todo veículo deve passar por esse tipo de manutenção preventiva. Consequentemente, todos os anos é gerada uma grande quantidade de resíduos que, se descartados de maneira incorreta, podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente.


A coleta dos resíduos de óleos lubrificantes, além de ser obrigatória, é uma questão de sustentabilidade e consciência ambiental de todos os envolvidos. Neste artigo que a IKS preparou para você, saiba como fazer destinação adequada dos óleos lubrificantes usados ou contaminados.


Destinação do óleo lubrificante usado

O óleo lubrificante usado é um produto altamente poluente, que pode contaminar o solo e o lençol freático da sua região e de aterros sanitários. 


A resolução n° 362/05 do Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente – estabelece as diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado, que deve ser, obrigatoriamente, coletado e destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino, ou seja, um processo industrial de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos, devolvendo ao produto as características de óleo básico. O rerrefino recupera a máxima quantidade possível de óleo lubrificante básico, uma matéria-prima primária que pode ser reutilizada nas indústrias de óleos lubrificantes.


Esse processo é realizado através de empresas credenciadas e registradas (rerrefinadores) que realizam o tratamento correto, enviam para reciclagem quando possível ou para destinação final em aterros específicos quando não houver possibilidade de tratamento.


É importante salientar também que os Geradores, ou seja, o consumidor (dono do automóvel que usa o produto) e a oficina mecânica que efetua a troca dos lubrificantes também são submetidos a um conjunto de regras e responsabilidades neste processo. São elas:


1. Devem cuidar para que o óleo retirado do veículo fique corretamente armazenado enquanto espera sua destinação, de forma que não contamine o meio ambiente e não seja ele próprio contaminado por outros produtos ou substâncias que dificultem ou impeçam a sua recuperação através do rerrefino;

2. Devem entregar o óleo lubrificante usado ou contaminado ao seu revendedor ou diretamente para um coletor autorizado pela ANP.


Dicas finais

- Avalie a possibilidade de comprar os insumos mais utilizados em sua oficina, como óleo e lubrificantes, em tonéis de metal, evitando o desperdício de embalagens plásticas;

- Deixe as embalagens de óleo de boca para baixo em um recipiente adequado para juntar os restos que persistem em ficar no recipiente;

- Faça um mapeamento detalhado da sua oficina, identificando as etapas dos seus serviços que mais geram resíduos e quais os tipos gerados, segundo a resolução Conama 275/01 ou a classificação NBR 10.004:2004;

- Realize treinamentos específicos com sua equipe para garantir a separação adequada de cada tipo de resíduo de acordo com as normas do setor.


Realizar a correta destinação e reciclagem dos óleos usados traz inúmeras vantagens para todos. É muito mais econômico para o produtor do óleo, evita o processo de extração a partir do petróleo (que é um recurso não renovável da natureza), pode se apresentar como uma oportunidade de obter receitas extras nas oficinas e, o mais importante, evita impactos sérios para nossa saúde e todo o meio ambiente.


Para mais informações sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado, consulte a resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005.


¹Fonte: Sebrae 

²Fonte: IBGE Brasil, Frota de veículos 2018


Escrito por IKS Cablex